sábado, 29 de janeiro de 2011

Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico.




O resfriado escorre quando o corpo não chora.A dor de garganta entope
quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde
quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invadem
quando a solidão dói.
O corpo engorda
quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime
quando as du
vidas aumentam.O coração desiste
quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece
quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram
quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta
quando o orgulho escraviza
O coração enfarta
quando chega a ingratidão.
A pressão sobe
quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam
quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta
quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!O plantio é livre, a colheita, obrigatória ...Preste atenção no que você esta plantando,pois será a mesma coisa que irá colher!!

"O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS"



Mário de Andrade

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicentemente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.


Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeço
que não se encanta com triunfos, 
que não se considera eleita antes da hora, que não foge de sua mortalidade.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade!
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!








segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Vamos viajar?




Vamos viajar?A gente senta na asa da borboleta,alcança a ponta do arco-íris,faz três voltas pelo mundo...Dá cambalhota com as gaivotas no ar...ganha um beijinho de vento...senta no colo da lua...Eu pego uma estrelinha no céu,você pega a do mar...A gente come algodão doce de nuvem...toma banho de cachoeira da chuva...descobre os segredos da montanha...Fala com Deus, pede saúde e paz pra todo mundo...Pede pra Ele derramar muito amor aqui na Terra...E, aí...Quando a gente voltar...De tanto sonho e momentos doces,nossa amizade vai se eternizar...Vamos?


terça-feira, 18 de janeiro de 2011



(Lou Witt)

Fiz um achado de palavras

e amarrei com um laço de fitas,

coloquei flores de margaridas

e perfume de frutas cítricas.

Soprei um beijo no canto

e um segredo escondido.

Escrevi teu endereço,

depois joguei tudo ao vento.

Espero que tenha recebido.


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

TRIBUTO A PAZ - MICHAEL JACKSON



Coisas que a vida ensina depois dos 40





Arthur da Távora.
"Amor não se implora, não se pede, não se espera...
Amor se vive, ou não."

"Ciúmes é um sentimento inútil.
Não torna ninguém fiel a você. "

"Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade."

"Crianças aprendem com aquilo que você faz,
não com o que você diz."

"As pessoas que falam dos outros pra você,
vão falar de você para os outros."

"Perdoar e esquecer nos torna mais jovens."

"Água é um santo remédio."

"Deus inventou o choro para o homem não explodir."

"Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso".

"Não existe comida ruim, existe comida mal temperada".

"A criatividade caminha junto com a falta de grana".

"Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar."

"Amigos de verdade nunca te abandonam".

"O carinho é a melhor arma contra o ódio".

"As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida".

"Há poesia em toda a criação divina".

"Deus é o maior poeta de todos os tempos".

"A música é a sobremesa da vida".

"Acreditar, não faz de ninguém um tolo.
Tolo é quem mente".

"Filhos são presentes raros".

"De tudo, o que fica é o seu nome
e as lembranças acerca de suas ações".

"Obrigado, desculpa, por favor,
são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor".

"O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras,
une facções, destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente... "

© Artur da Távora - 1936/2008

PENA QUE SE DESCOBRE TARDE DEMAIS, OU NUNCA...


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A menina e o Pássaro Encantado


Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo. Ele era um pássaro diferente de todos os demais: Era encantado. Os pássaros comuns, se a porta da gaiola estiver aberta, vão embora para nunca mais voltar.
Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades...
Suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava.
Certa vez, voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão.
"- Menina, eu venho de montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco de encanto que eu vi, como presente para você...".
E assim ele começava a cantar as canções e as estórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como fogo, penacho dourado na cabeça.
"... Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga.
Minhas penas ficaram como aquele sol e eu trago canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes.
E de novo começavam as estórias.
A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isso voltava sempre.
Mas chegava sempre uma hora de tristeza.
"- Tenho que ir", ele dizia.
"- Por favor não vá, fico tão triste, terei saudades e vou chorar....".
"- Eu também terei saudades", dizia o pássaro. "-- Eu também vou chorar.
Mas eu vou lhe contar um segredo: As plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios... E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera da volta, que faz com que minhas penas fiquem bonitas.
Se eu não for, não haverá saudades.
Eu deixarei de ser um pássaro encantado e você deixará de me amar.
Assim ele partiu. A menina sozinha, chorava de tristeza à noite, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa destas noites que ela teve uma idéia malvada.
"- Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá; será meu para sempre. Nunca mais terei saudades, e ficarei feliz".
Com estes pensamentos comprou uma linda gaiola, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera.
Finalmente ele chegou, maravilhoso, com suas novas cores, com estórias diferentes para contar.
Cansado da viagem, adormeceu.
Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz.
Foi acordar de madrugada, com um gemido triste do pássaro.
"- Ah! Menina... Que é que você fez? Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das estórias...".
Sem a saudade, o amor irá embora...
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas isto não aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando diferente.
Caíram suas plumas, os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio; deixou de cantar.
Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava.
E de noite ela chorava pensando naquilo que havia feito ao seu amigo...
Até que não mais agüentou.
Abriu a porta da gaiola.
"- Pode ir, pássaro, volte quando quiser...".
"- Obrigado, menina. É, eu tenho que partir. É preciso partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro da gente. Sempre que você ficar com saudades, eu ficarei mais bonito.
Sempre que eu ficar com saudades, você ficará mais bonita. E você se enfeitará para me esperar...
E partiu. Voou que voou para lugares distantes. A menina contava os dias, e cada dia que passava a saudade crescia.
"- Que bom, pensava ela, meu pássaro está ficando encantado de novo...".
E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos; e penteava seus cabelos, colocava flores nos vasos...
"- Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje...
Sem que ela percebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado como o pássaro.
Porque em algum lugar ele deveria estar voando. De algum lugar ele haveria de voltar.
AH! Mundo maravilhoso que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama...
E foi assim que ela, cada noite ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento.
- Quem sabe ele voltará amanhã....
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.