segunda-feira, 20 de abril de 2009

Não te metas na minha




( teologo Lauro Gimenes.)

QUANDO O TEU FILHO TE DIZ:
MÃE, PAI NÃO TE METAS !


Isto foi analisado por um sacerdote.

Hoje que estou aprofundando os meus estudos teológicos na Família, seus valores, seus princípios, suas riquezas, seus conflitos, recordo-me de uma ocasião em que escutei um jovem gritar ao seu Pai:

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!

Esta frase tocou-me profundamente, tanto, que freqüentemente a recordo e comento nas minhas conferências com Pais e filhos.
Se em vez de sacerdote, tivesse optado por ser pai de família,o que responderia a essa pergunta inquisitiva de meu filho?

Esta poderia ser a minha resposta:

FILHO, UM MOMENTO, NÃO SOU EU QUE ME METO NA TUA VIDA, FOSTE TU QUE TE METESTE NA MINHA!

Faz muitos anos, graças a Deus,e pelo amor que a mamãe e eu sentimos,chegaste às nossas vidas,ocupaste todo nosso tempo,ainda antes de nasceres.

A mamãe sentia-se mal, não conseguia comer,tudo o que comia, vomitava , e tinha que ficar de repouso.

Eu tive que me dividir entre as tarefas do meu trabalho e as da casa para ajudá-la.
Nos últimos meses, antes que chegasses à casa, a mamãe não dormia e não me deixava dormir.

Os gastos aumentam incrivelmente, tanto que grande parte do que ganhava era gasto contigo, para pagar um bom médico que atendesse a mamãe e a ajudasse a ter uma gravidez saudável, em medicamentos, na maternidade, em comprar-te todo um guarda-roupa.

A mamãe não podia ver nada de bebê, que não o quisesse para ti, compramos tudo o que podíamos, contando que tu estivesses bem tivesses o melhor possível.

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?!

Chegou o dia em que nasceste:
Temos que comprar algo para dar de recordação aos que te vieram conhecer,
DISSE A MAMÃE.
Temos que adaptar um quarto para o bebê.
Desde a primeira noite não dormimos.

A cada três horas, como se fosses um alarme de relógio, despertavas para te darmos de comer.
Outras, porque te sentias mal e choravas e choravas,sem que nós soubéssemos o que fazer,pois não sabíamos o que te tinhas,até chorávamos contigo.

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Começaste a andar, eu não sei quando foi que eu tive que andar mais atrás de "ti",
se quando começaste a andar ou quando pensaste que já sabias.

Já não podia sentar-me tranquilo a ler o jornal ou a ver um filme ou o jogo do meu time favorito,porque quando acordavas, te perdias da minha vista e tinha que sair atrás de ti para evitar que te machucasses.

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Ainda me lembro do primeiro dia de aula.
Quando tive que telefonar para o serviço e dizer que não podia ir.
Já que tu, na porta do colégio, não querias soltar-me a mão e entrar.
Choravas e pedias-me que não fosse embora.
Tive que entrar contigo na escola,e pedir à professora que me deixasse estar ao teu lado, algum tempo, na sala, para que te fosses acostumando.
Depois de algumas semanas já não me pedias que fosse embora, como até esquecias de despedir quando saías do carro correndo para te encontrares com os teus amiguinhos.

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Foste crescendo, já não querias que te levássemos às festas em casa de teus amiguinhos,pedias-nos que parássemos numa rua antes de te deixarmos e que te fôssemos buscar numa rua depois,porque já eras "cool“, top, não querias chegar cedo em casa,incomodava-te que te impuséssemos regras,não podíamos fazer comentários
sobre os teus amigos, sem que te voltasses contra nós, como se os conhecesses a eles toda a tua vida e nós fôssemos uns perfeitos "desconhecidos"
para ti.

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Cada vez sei menos de ti por ti mesmo , sei mais pelo que ouço dos demais.
Já quase não queres falar comigo, dizes que apenas sei reclamar, e tudo o que eu faço está mal, ou é razão para que te rias de mim, pergunto: como, com esses defeitos, pude dar-te o que até agora tens tido.

A Mamãe passa a noite em claro e consequentemente não me deixa dormir dizendo-me:
que ainda não chegaste e que já é madrugada, que o teu celular está desligado,
que já são 3 h e não chegas.
Até que por fim podemos dormir quando acabas de chegar.

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Já quase não falamos, não me contas as tuas coisas, aborrece-te falar com velhos que não entendem o mundo de hoje.
Agora só me procuras quando tens que pagar algo ou necessitas de dinheiro para a universidade, ou para sair.
Ou pior ainda, procuro-te eu, quando tenho que chamar-te a atenção.

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Mas estou seguro que diante destas palavras . .

"NÃO TE METAS NA MINHA VIDA", podemos responder juntos:


FILHO, EU NÃO ME METO NA TUA VIDA TU TE METESTE NA MINHA, EU TE ASSEGURO, QUE DESDE O PRIMEIRO DIA, ATÉ AO DIA DE HOJE, NÃO ME ARREPENDO QUE TE TENHAS METIDO NELA E A TENHAS TRANSFORMADO PARA SEMPRE!

ENQUANTO EU FOR VIVO, VOU METER-ME NA TUA VIDA, ASSIM COMO TU TE METESTE NA MINHA, PARA AJUDAR-TE, PARA FORMAR-TE, PARA AMAR-TE E PARA FAZER DE TI UM HOMEM OU UMA MULHER DE BEM!

SÓ OS PAIS QUE SABEM METER-SE NA VIDA DE SEUS FILHOS CONSEGUEM FAZER DELES, HOMENS E MULHERES QUE TRIUNFAM NA VIDA E SÃO CAPAZES DE AMAR!


PAPAIS:
MUITO OBRIGADO!

Por se meterem na vida dos seus filhos.
Ah, melhor ainda, corrijo, por terem deixado que os seus filhos se metam nas suas vidas!

E para vocês filhos:

VALORIZEM OS SEUS PAIS. NÃO SÃO PERFEITOS, MAS AMAM VOCÊS E TUDO O QUE DESEJAM É QUE VOCÊS SEJAM CAPAZES DE ENFRENTAREM A VIDA E TRIUNFAREM COMO HOMENS DE BEM !

A vida dá muitas voltas, e, em menos tempo do que vocês imaginam, alguém lhes dirá:

“NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!”

A paternidade não é um capricho ou um acidente, é um dom de Deus, que nasce do Amor!

Deus os abençoe!
A TODOS!



UMA PESCARIA INESQUECÍVEL






James P. Lenfestey

Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago.

A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.

O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água.
Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago.

Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha.
O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água.

Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada.

O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras movendo para trás e para frente.

O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio.
Pouco mais de dez da noite...
Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada.

Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
- Você tem que devolvê-lo, filho!
Mas, papai, reclamou o menino.
- Vai aparecer outro, insistiu o pai.
- Não tão grande quanto este, choramingou a criança.

O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista.
Voltou novamente o olhar para o pai.
Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável.

Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura.
O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu.

Naquele momento, o menino teve certeza de que jamais pegaria um peixe tão grande quanto aquele.

Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido.
O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.
Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite.

Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão ética.
Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO.

Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa.
A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos observando.
Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o PEIXE À ÁGUA.

A boa educação é como uma moeda de ouro:
TEM VALOR EM TODA PARTE.

Texto: Uma Pescaria Inesquecível, de James P. Lenfestey, do livro Histórias para Aquecer o Coração dos Pais, Editora Sextante.





terça-feira, 14 de abril de 2009

ENVELHECER, :É UMA DÁDIVA !






Atualmente, é provável que, pela primeira vez em minha vida, sinta-me como a pessoa que sempre quis ser.

Não, não me refiro ao meu corpo, diante do qual às vezes me desespero,frente às rugas, aos olhos empapuçados, ao traseiro flácido.

E, com freqüência, volto ao passado, quando vislumbro aquele antigo vulto em meu espelho (que se assemelha à minha mãe !),mas estes sentimentos já não me fazem sofrer mais: são passageiros.

Nunca trocaria os meus amigos incríveis, minha vida maravilhosa, minha família adorada, por cabelos menos grisalhos ou uma barriga menos proeminente.

Conforme envelheci, tornei-me mais amável e menos crítico comigo mesmo. Tornei-me o meu melhor amigo.

Não me recrimino por ter saboreado aquele docinho a mais, por não ter feito a minha cama, ao acordar, ou por ter comprado aquele enfeite tolo que não precisava, mas que dá um toque de modernidade ao meu jardim.

A minha idade me permite ser excêntrico, a manter tudo fora de ordem, posso ser extravagante.

Testemunhei a partida precoce deste mundo de muitos amigos queridos ; e eles não puderam vivenciar plenamente a liberdade grandiosa implícita no envelhecer.

Qual é o problema, se eu decidir ler ou ficar ao computador até as quatro da manhã, e acordar somente ao meio-dia ?

Serei meu próprio parceiro na dança, ao ritmo dos sucessos inesquecíveis dos anos 60 e 70, e se, ao mesmo tempo, quiser chorar por um amor perdido... posso fazê-lo

Caminharei pela praia com um traje de banho colado ao meu corpo obeso, e mergulharei no mar despreocupadamente, se assim desejar, apesar dos olhares críticos das pessoas mais jovens. Elas também vão envelhecer.

Sei que algumas vezes me esqueço de algumas coisas.
No entanto repito: é melhor que nos esqueçamos de alguns episódios da vida. Algumas vezes, recordo-me de coisas importantes.

Com o passar dos anos, é claro, também sofri desilusões. Como não sentir a perda de uma pessoa amada, ou manter-se indiferente diante do sofrimento de uma criança, ou até mesmo quando o bichinho de estimação de alguém é atropelado por um carro ?

Na verdade, ter o coração ferido, é o que nos dá força, discernimento e compaixão.
Um coração que nunca foi ferido, é duro, estéril, nunca sentirá a alegria da imperfeição.

Sou, portanto, abençoado por ter vivido tanto, o que me permitiu ver meus cabelos grisalhos, e ter as marcas de minha juventude, para sempre gravadas nas profundas rugas de meu rosto. Muitos nunca riram, outros morreram antes de terem seus cabelos grisalhos.

Conforme envelhecemos, é mais fácil sermos otimistas.
Nos preocupamos menos com o que pensam as outras pessoas. Não nos policiamos mais. Temos, até mesmo, o direito de estar errados.

Portanto, gosto de ser idoso.
Isto me libertou.
Gosto da pessoa na qual me tornei.

Não vou viver para sempre, mas enquanto ainda estiver por aqui, não desperdiçarei tempo lamentando o que poderia ter sido, nem me preocupando com o futuro. Posso agora comer todas as sobremesas que quiser, todos os dias (se estiver com vontade).

QUE A NOSSA AMIZADE NUNCA SE ACABE, PRINCIPALMENTE PORQUE É VERDADEIRA E PURA! QUE VOCÊ APRESENTE SEMPRE UMA FONTE DE SORRISOS EM SEU ROSTO E EM SEU CORAÇÃO,
HOJE, AMANHÃ E SEMPRE.

domingo, 12 de abril de 2009

Antes "idiota" que infeliz!


Arnaldo Jabor 


Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: 'Digam o que disserem, o mal do século é a solidão'. Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar... 

Os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos 'personal dance', incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão 'apenas' dormirem abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. 

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a 'sentir', só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós. 

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número de comunidades como:“Quero um amor pra vida toda”,“Eu sou pra casar”, até a desesperançada “Nasci pra ser sozinho”, unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis. 

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. 

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, demodê, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, 'pague mico', saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois. 

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada 

O que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: 'vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida'. 

Antes idiota que infeliz!

Os pinheiros sabem quando é a Páscoa




Num domingo de Abril do ano passado, num dos passeios "para parte incerta", o meu marido conduzia serenamente, enquanto eu contemplava a paisagem.

A certa altura, notei que o meu marido olhou fixamente para a janela do meu lado. Isso assustou-me visto que ele deveria estar atento à condução.

Perguntei-lhe o que é que estava a ver e ele disse-me pacificamente: "Nada". E os seus olhos voltaram-se para a estrada que tinha à sua frente.

Alguns minutos depois, voltei a olhar para o meu marido e vi uma lágrima que corria pela sua face. Perguntei-lhe se havia algum problema.

Desta vez disse-me: "Estava a pensar no Pop e na história que ele uma vez contou-me". Quis então saber a história e por isso pedi-lhe que a partilhasse comigo.

Ele contou: "Quando tinha 8 anos aproximadamente, o Pop e eu fomos pescar e a certa altura disse-me que os pinheiros sabem quando é a Páscoa."

Eu não percebi o que ele queria dizer com isso, e por isso quis saber um pouco mais.

Ele continuou: "Os pinheiros têm os novos rebentos semanas antes de Páscoa - se olhares para os topos dos pinheiros duas semanas antes, verás pequenos rebentos amarelos.

À medida que nos aproximamos do domingo de Páscoa, o rebento mais alto se ramificará e formará uma cruz.

Até que o domingo de Páscoa venha, verás que a maioria dos pinheiros terá cruzes amarelas pequenas nas pontas dos seus ramos."

Foi então que, nessa altura, eu olhei pela minha janela e não pude acreditar no que os meus olhos viam...

Era uma semana antes da Páscoa, e podia ver-se os pinheiros com os seus rebentos amarelos a apontar para o Céu.

Os mais altos brilhavam à luz do sol como filas de minúsculas cruzes douradas.

E eu só pude exclamar:

"Oh, Senhor, quão bela é a Tua arte!"

FELIZ PÁSCOA

Solidariedade


Um homem atraente, de meia idade, entrou em um bar e se sentou. Antes de fazer o pedido não deixou de perceber que um grupo de homens mais jovens que bebiam em uma mesa perto da sua, riam dele.

Somente quando se lembrou da pequena fita rosa que levava na lapela de seu blazer foi que se deu conta que se tratava de uma gozação.

O homem não deu maior importância, mas os insistentes risos na mesa vizinha começaram a incomodá-lo. Olhou a um dos homens diretamente nos olhos, levou o dedo até a lapela e apontou a fita: “Isto?” Com este gesto todos os homens da mesa riram abertamente.

O homem ao qual dirigiu o olhar lhe disse: “Desculpe amigo, mas estavamos comentando como está bonito com esta fitinha rosa no blazer azul”.

Com toda calma, o homem fez um gesto para o gozador convidando-o a se aproximar e sentar com ele à sua mesa. Ainda que estivesse bastante incomodado o homem mais jovem se aproximou e sentou-se. O homem mais velho com uma voz muito calma lhe disse: - “Uso esta fita para chamar atenção sobre o câncer da mama”.

“Eu uso em honra à minha mãe".
- ”Sinto muito, amigo, Ela morreu de câncer da mama? ".
- "Não. Ela está sadia e muito bem. Mas seus seios me alimentaram quando eu era um bebê e foram abrigo quando tive medo ou me senti só em minha infância. Estou muito agradecido aos seios de minha mãe e por sua saúde”.
- "Entendo", respondeu o outro, não muito convencido.

"Também uso esta fita para honrar à minha mulher", continuou dizendo o homem.
- ”E ela também está bem?"
- "Claro que sim. Seus seios foram fonte de amor...
Com eles alimentou a nossa bela filha de 23 anos. Estou muito grato pelos seios de minha mulher e por sua saúde".

- ”Já sei. Suponho que também usa a fita para honrar a sua filha".

"Não. É muito tarde para isto. Minha filha morreu de câncer da mama faz um mês. Ela pensou que era muito jovem para ter câncer, assim quando acidentalmente notou uma pequena protuberância, a ignorou. Ela pensou que, como não a incomodava, nem doía, não havia com que se preocupar".


Comovido e envergonhado o estranho disse : ”Sinto muito, senhor."
- "Portanto, também em memória de minha filha uso esta fitinha com muito orgulho. Isto me dá oportunidade de falar com os outros. Quando voltar para a sua casa fale com a sua esposa, suas filhas, sua mãe, suas irmãs, suas amigas. Tome...", o homem buscou no bolso e entregou ao outro uma pequena fita rosa. Ele a pegou, olhou-a, lentamente levantou a cabeça e lhe disse: “Poderia me ajudar a colocá-la?"

Incentive às mulheres que você gosta a praticar regularmente o auto-exame das mamas e a fazer uma mamografia uma vez ao ano.