quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Não me roubem ...




Shalom Padre Elimar Gomes

Não me roubem as asas, o sonho, a torre dos meus olhos que peremptoriamente se dirigem paro o alto.

Não me roubem a capacidade de acreditar, de confiar, de crer que amanhã será melhor, que o dia tem um ocaso que é apenas a ante-sala do amanhã resplandecente.

Não me roubem o direito de acreditar no meu semelhante, nas noites enluaradas que acalentam as violas e fazem reverberar as vozes dos poetas e dos profetas, esta dupla que faz histórias as quais, o homem não pode deixar de ouvir sob pena de perder a alma.

Não me roubem o tudo.
O tudo que me liga à vida e traz oxigênio existencial para chutar o pau da barraca e, amanhã, erguê-lo novamente. Chega de desertos; eu quero colo, aconchego, mala vazia, quero destruir as rotas de fuga e chegar lá, no lugar, sem roubo de novo.

Acima de tudo, não me roubem a alma.

Não me roubem o sabor, o prazer, o gostinho esquisito que traz a sede do amanhã..

Não. Não me roubem o direito de viver, viver para ver os meus filhos crescerem, meus cabelos embranquecerem, minha pele enrugar,meus passos serem trôpegos,meus conselhos mais sábios, minha voz mais frágil, mas, minha profecia mais ungida.

Quero viver cada momentos como falou Vinicius, momentos de felicidades, de ternuras, de convicções divinas e paixões humanas; e, ai, eu quero derramar meu coração, esparramar seu cântico e rir meu riso.

Não. Não me roubem.

Não me roubem os amigos, os anos vencidos, a saudade jamais esquecida, da bola e do campo de areia onde agente jogava, brigava, vencia, perdia e, celebrava com um abraço anunciando: sábado tem mais.

Eu ainda quero alguém para o que der e vier comigo.

Não. Não me roubem a dor.

A dor da partida, da mão estendida e não compreendida.
A dor que atesta estar vivo, sem lepras no espírito.
Quero aprender com ela,embarcar nos seus braços até, que ela me jogue na areia do mar de onde sairei com o coração abrasado e com braços estendidos, com o rosto molhado, clamando: Pai, tem misericórdia de mim!

Não me roubem a misericórdia.

A capacidade de sentir a dor dos miseráveis, de olhar para o meu ofensor lhe oferecendo uma Segunda chance, um ombro versátil e flexível às suas necessidades.

Não, Não me roubem as marcas da vida, que ficaram tatuadas na alma e que atestam que estou em um processo pedagógico onde o Mestre ainda é capaz de me erguer quando caio, ainda abraça, acaricia, regozija-se na minha verdade.

E, por fim, não me roubem a capacidade de amar.
Fui desenhado para tal fim.
Minha estrutura sobrevive esse amor.
Ele é minha luz na escuridão do ódio gratuito que se renova à cada dia nos corações dos desalentados.

Não. Não me roubem.

Não, Não me roubem o desejo de uma criança, com palavras inseguras, que insiste em viver em mim e que se apaixonou pela vida. Ainda quero brincar, abraçar, acariciar,cantar, perdoar e esquecer.

Por favor não me roubem esta vida.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O que é mais importante: Perdoar ou pedir perdão? autoria



(sem menção do autor)

O que é mais importante:
Perdoar ou pedir perdão?

Quem perdoa mostra que ainda crê no amor.
Quem perdoa mostra que ainda existe amor para quem crê.

Mas não importa saber qual das duas coisas é mais.
­É sempre importante saber que: Perdoar é o modo mais sublime
de crescer e pedir perdão é o modo mais sublime de se levantar...

O que é mais: amar ou ser amado?
Amar significa tudo aquilo que todo mundo deve.
Ser amado significa tudo aquilo que todo mundo deseja

Mas não importa saber qual das duas coisas é mais
E sempre importa saber que; Ninguém pode querer amar sem se esquecer, e ninguém pode querer seramado sem se lembrar de todos

O que é mais: Abrir a porta ou abrir o coração?
Quem abre a porta mostra que vai receber alguém
Quem abre o coração quer que ninguém fique fora.

Mas não importa saber qual das duas coisas é mais.
E sempre importa saber que: Abrir a porta é o modo mais
delicado de ser bom e abrir o coração é o modo divino de amar...

O que é mais: Ir á lua ou ficar na terra?
Quem vai á lua vê mais um tanto de tudo que Deus fez.
Quem fica na terra vê mais um tanto do que o homem pode.

Mas não importa saber qual das duas coisas é mais.
E sempre importa saber que:
Quem vai à lua deve voltar à terra, e quem fica na terra deve ir aos outros...

O que é mais: Dar ou estender as mãos?
Quem da mostra que se despoja de alguma coisa.
Quem estende as mãos mostra que quer alcançar alguém

Mas não importa saber qual das duas coisas é mais.
E sempre importa saber que:
Dar é um gesto de bondade, e estender as mãos
É um gesto de bondade que sublima...

O que é mais; Levar rosas ou enxugar lágrimas?
Quem leva rosas mostra que se lembrou de alguém na felicidade.
Quem enxuga lágrimas mostra que não esqueceu de alguém na infelicidade.

Mas não importa saber qual das duas coisas é mais.
E sempre importa saber que:
Levar rosas é um gesto de amor que todo mundo faz,e enxugar lágrimas é um gesto que só o amor faz a todo mundo!!...




terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O Poder desarmado



AUTORA DO TEXTO:Heloneida Studart
(Jornal do Brasil, 06/02/2001)

"Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor.
Vinham da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças.
Levei apenas uma hora para saber o motivo.
Bete fora acusada de não ser mais virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra.
Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem.

Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado.
Agarrada pelos cabelos e dominada,não conseguiu passar no exame ginecológico.
O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo.
Realmente; esqueceu, morrendo tuberculosa.
Estes episódios marcaram para sempre, e a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres?

Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar.
Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos.
Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas.
Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas.
Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba.
Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens.
E, com isso, Barbies de facaria, provocaram em muitas outras mulheres - as baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento de perda de auto-estima.
Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composta de moças.
Em que mulheres se afirmam na magistratura,na pesquisa científica, na política, no jornalismo.
E, no momento em que as pioneiras do minismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.

Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade.
Até porque elas são desarmadas pela própria natureza.
Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais.
Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas.
Ninguém lhe dá, na primeira infância,um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência.
As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto.

Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz.
E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher.
Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa.
Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos.
Respeito ao seu dorso que engrossou,porque elas carregam o país nas costas.

São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer à ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.
"Nem toda feiticeira é corcunda.
Nem toda brasileira é só bunda.“

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Trem da vida






Silvana Duboc

Há algum tempo li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada.
Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques.

Quando nascemos, entramos nesse magnífico trem e nos deparamos com algumas pessoas, que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco, nossos pais.
Infelizmente isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituível.
Isso porém não nos impedirá que durante o percurso, pessoas que se tornarão muito especiais para nós, embarquem.
Chegam nossos irmãos, amigos, filhos e amores inesquecíveis!

Muitas pessoas embarcarão nesse trem apenas a passeio, outras encontrarão no seu trajeto somente tristezas e ainda outras circularão por ele prontos a ajudar quem precise.
Vários dos viajantes quando desembarcam deixam saudades eternas, outros tantos quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que se tornam tão caros para nós, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não nos impede é claro que possamos ir ao seu encontro.
No entanto, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocupando aquele assento.

Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais, retornos.
Façamos essa viagem então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os outros passageiros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento eles poderão fraquejar e precisaremos entender, porque provavelmente também fraquejaremos e com certeza haverá alguém que nos acudirá com seu carinho e sua atenção.

O grande mistério afinal é que nunca saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades.
Acredito que sim, me separar de muitas amizades que fiz será no mínimo doloroso, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito triste com certeza....mas me agarro na esperança que em algum momento estarei na estação principal e com grande emoção os verei chegar.
Estarão provavelmente com uma bagagem que não possuíam quando embarcaram e o que me deixará mais feliz será ter a certeza que de alguma forma eu fui uma grande colaboradora para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Amigos, façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem



domingo, 25 de janeiro de 2009

Texto:John Lennon



(John Lennon)

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo,amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.

Não contaram pra nós que amor não é acionado,nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.

Não contaram que já nascemos inteiros,que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual,agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação.

Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas,que os que transam muito não são confiáveis,e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.

Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.

Não nos contaram que estas fórmulas dão errado,frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.

Cada um vai ter que descobrir sozinho.E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo,vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém"

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Janelas da vida....



Autora Lady Foppa

Abre a janela do teu coração e deixa a alma arejar! Sabes, aquele cheiro de mofo de sonhos que envelheceu e tu nem te deste conta? Deixa que o vento leve para longe...

Livra-te também de toda a mágoa e o rancor, faze uma boa limpeza na vidraça da janela do coração. Garanto que enxergarás melhor a vida lá fora...

Deixa a luz inundar tudo, apagar as marcas das decepções, as tristezas das derrotas, o vicio de sofrer por sofrer e, acima de tudo, permite que o sol derreta o gelo da solidão...

Apaixona- te por um sorriso e sorri junto, ilumina as janelas dos olhos, atrai beija-flores, borboletas, vagalumes ... Ama a pessoa que o espelho reflete todas as manhãs...

Escancara a janela dos desejos e esbanja sonhos! Ninguém sonha em vão, e também não é verdade que os sonhos fogem, as pessoas é que desistem, e eles morrem...

Alicerça teus desejos com bases sólidas e constrói, dia a dia, degraus para chegares até a tua meta. Depois, aplaude-te porque conseguiste ! Nisso reside o prazer...

Não permite que nenhuma sombra pesada cubra o sol, que nenhuma parede aprisione o vento e cale o som da vida. Jamais te transformes em órfão da luz...

Desenha um horizonte além da tua janela, exagera nas cores e entremeia alegria entre folhas. Floresce todos os campos que tua vista alcança e, depois, vai além muito além...

Expõe na janela toda a alegria de viver, mostra ao mundo um rosto luminoso, uma face sem rugas de preocupações, prontinha para ser acariciada e admirada.

Amplia a essência da ternura, semeia um gesto, uma frase doce ou um suspiro. Seguramente alguma alma comovida escutará e devolverá o eco da tua voz...

Desvia teu olhar das coisas tristes e infelizes, transforma em oásis toda a aridez que aparecer, joga venturas e aventuras em abundância, através da tua janela...

Espalha poeira dourada de sonhos além da janela, planta flores e colhe encantamento. Permite que as sementes da felicidade se espalhem e contaminem toda a terra...

Refaze tuas crenças, redime equívocos, culpas, regenera erros e falhas, distribui perdão. Valoriza o melhor de cada pessoa e, principalmente, o melhor que existe em ti...

Abre a janela da vida e sê pleno em cada coisa, ainda que pareça pequena. Vive a forma adulta de ser criança, debruça-te na janela e não olhes, simplesmente, a vida passar através dela... Viva!





Alguém disse...



Alguém disse que seis semanas depois de se dar à luz se volta à normalidade.

Esse alguém não sabe que depois de se dar à luz não existe normalidade.

Alguém disse que se aprende a ser mãe instintivamente.

Esse alguém nunca foi às compras com uma criança de três anos.

Alguém disse que “bons pais” fazem “bons filhos”.

Esse alguém pensa que as crianças vêm com manual de instruções e garantia.

Alguém disse que as “boas” mães nunca gritam.

Esse alguém nunca viu o filho a partir a janela do vizinho com a bola.

Alguém disse que não é necessário uma boa educação para se ser mãe.

Esse alguém nunca ajudou o filho a estudar matemática.

Alguém disse que não se pode amar o quarto filho como o primeiro.

Esse alguém não teve quatro filhos.

Alguém disse que não se pode encontrar nos livros todas as respostas, às perguntas sobre como criar filhos.

Esse alguém nunca teve um filho que meteu um feijão no nariz.

Alguém disse que o mais difícil de se ser mãe é o parto.

Esse alguém nunca deixou o filho no primeiro dia de creche.

Alguém disse que uma mãe pode fazer o seu trabalho com os olhos fechados e uma mão atada atrás das costas.

Esse alguém nunca organizou uma festa de aniversário para a sua filha.

Alguém disse que uma mãe sabe que o seu filho a ama, por isso não é necessário
dizer-lhe.

Esse alguém não é mãe.

Alguém disse que uma mãe pode deixar de se preocupar com os filhos qundo se casam.

Esse alguém não sabe que o casamento agrega genros e noras ao coração de uma mãe.

Alguém disse que o trabalho de uma mãe termina quando o último filho sai de casa.

Esse alguém não tem netos.

Alguém disse que uma mãe não necessita da compreensão e do “eu gosto muito de ti” de um filho.

Esse alguém não é filho.







Rifa-se um coração



Clarice Lispector

Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.

Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado, coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu... "não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional que, abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas,mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e,contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.

Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:
" O Senhor poder conferir", eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".

Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que,ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.

Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulância de se aventurar como poeta.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Não importa


Não importa quem lhe feriu, o importante é que você sarou.

Não importa o que lhe faltou, ainda há muito para ser conquistado.

Não se espante com as pessoas, cada uma carrega dentro de si dores e marcas que alteram o humor.
Ora estamos felizes e transbordamos de alegria e paz, ora estamos tristes, e o melhor é acreditar que seu último passo é sempre seu melhor momento.

O mundo está cheio de oportunidades.

As portas se abrem para os que não têm medo de enfrentar a vida.
Para os que caem, mas se levantam com o brilho da vitória nos olhos.

Acredite em sua força interior, podemos percebê-la também externamente…
Então jamais tenham medo e vai em frente , o mínimo que pode acontecer, é refazer tudo de novo.

E acredite só você pode fazer.

Não há um Deus lá fora fazendo por nós ele apenas nos orienta, mas
somos nós que temos que crescer e amadurecer e nos tornarmos um com essa poderosa divinal natureza, A criação.






quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Oração da presença



(Autoria: Wagner Borges)

Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente o ódio.

Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as pedras do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa e celebre o encanto da amizade profunda que liga as almas afins.
Que em teus momentos de solidão e cansaço esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave vento te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que a força invisível do amor leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a PRESENÇA secreta do inexplicável !
Que os teus pensamentos, os teus amores, o teu viver, e a tua passagem pela vida sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome.
só se sente.
Que esse amor seja o teu rumo secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da PRESENÇA que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno de PAZ e LUZ.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Espíritos evoluídos



Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.

Um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: - Pronto, agora vai sarar!

E todos os noves competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos.

Talvez os atletas fossem deficientes mentais... Mas com certeza, não eram deficientes espirituais...

"Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho, é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos."



segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"Pequeno tratado sobre a mortalidade do amor"


Alexandre Inagaki

Todos os dias morre um amor.

Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor.
Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina.
Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos.
Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo.
Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios.
Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos.
Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor.

Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro.
Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria do que na prática, relutemos em admitir.
Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso.
De saber que, mais uma vez, um amor morreu.
Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa.
E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado.

Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição.
A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio ensurdecedor depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia.
Há aqueles que, feito Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias.
Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho-papão.
Outros confessam sua culpa em altos brados, fazendo de penico os ouvidos de infelizes garçons.
Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime, e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso.
Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda com nomes paradoxais como O Amor Inteligente ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo A Paixão Tem Olhos Azuis, difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.

Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.

Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram.
São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão.
Estes não querem ser sacrificados, e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos, definhando paulatinamente até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4ª série, ou entre fãs que ainda suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e, pior, da fase havaiana).
Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (bah, isso não é amor; amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os amores-fênix.

Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da TV ligada na mesa-redonda ao final do domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram - teimosos, e belos, e cegos, e intensos.
Mas estes são raríssimos, e há quem duvide de sua existência.
Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas. Mas não quero acreditar nisso.

Um dia vou colocar um anúncio, bem espalhafatoso, no jornal.

PROCURA-SE: AMOR-FÊNIX
(oferece-se generosa recompensa)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Sawabona sobre estar sozinho



(Flávio Gikovate, médico psicoterapeuta)

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei.

Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.

Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.

Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.

A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.

A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.

Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.

Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.

Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um. O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

PS: Caso tenha ficado curioso em saber o significado de SAWABONA, é um cumprimento usado no sul da África e quer dizer "EU TE RESPEITO, EU TE VALORIZO, VOCÊ É IMPORTANTE PRA MIM".

Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA, que é "ENTÃO, EU EXISTO PRA VOCÊ"

SAWABONA AMIGOS

Hino ao amor cristão





Hino ao amor cristão

Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas,se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um congo ou como o barulho de um sino.

Poderia ter o "dom de anunciar mensagens de Deus" ter todo o conhecimento.
Entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada.

Poderia dar tudo que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.

Quem ama é paciente e bondoso.

Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.

Quem ama não é grosseiro nem egoista:
Não fica irritado, nem guarda mágoa.
Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada,mas se alegra quando alguém faz o que é certo.

Quem ama nunca desiste porém suporta tudo coM fé, esperança e paciência.

O amor é eterno.
Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco.

Existe o dom de falar em línguas estranhas,mas acabará logo.

Existe o conhecimento, mas também terminará.

Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos.
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá.

Quando eu era criança,falava como criança, sentia como criança e pensava como criança.

Agora que sou adulto, parei de agir como criança.

O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embassado mas depois veremos face a face.

Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente,assim como sou conhecido por Deus.

Portanto, agora existem três coisas:
A FÉ, A ESPERANÇA, E O AMOR.
Porém a maior delas é o AMOR
.


Coríntios 13
"NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE"

sábado, 17 de janeiro de 2009

'TEXTO DO LIVRO: VOCÊ É INSUBSTITUÍVEL



AUGUSTO CURY

Ao aprender a amar , o homem derramará lágrimas não de tristeza,mas de alegria. Chorará não pelas guerras nem pelas injustiças, mas porque compreendeu que procurou a felicidade em todo o universo e não a encontrou. Perceberá que Deus a escondeu no únicolugar em que ele não pensou em procurá-la : dentro de si mesmo.

Nesse dia, sua vida se encherá de significado e uma revolução silenciosa ocorrerá no âmago do seu espírito: a soberba dará lugar à simplicidade, o julgamento dará lugar ao respeito, a discriminação dará lugar á solidariedade, a insensatez dará lugar á sabedoria. mas esse tempo está distante. Por que?

Porque nem sequer descobrimos que a pior miséria humana se encontra no solo da emoção. O homem sonha em viver dias felizes, mas não sabe conquistar a felicidade. Os poderosos tentaram dominá-la.Cercaram-na com exércitos, encurralaram-na com armas, pressionaram-na com suas vitórias. Mas a felicidade os deixou atônitos, pois nunca o poder conseguiu controlá-la.

Os magnatas tentaram comprá-la. Construiram impérios, amealharam fortunas, compraram jóias. Mas a felicidade os deixou perplexos, pois ela jamais se deixou vender e disse-lhes"o sentido da vida se encontra num mercado onde não se usa dinheiro!" Por isso há miseráveis que moram em palácios e ricos que moram em casebres.

Os cientistas tentaram entender a felicidade. Pesquisaram-na, fizeram estatisticas, mas ela os confundiu, falando-lhes: " A lógica númerica jamais compreenderá a lógica da emoção!" Pertubados, descobriram que o mundo da emoção é indecifrável pelo mundo das idéias. por isso os cientistas que viveram uma vida exclusivamente lógica e rígida foram infelizes

Os intelectuais buscaram a felicidade nos livros de filosofia,mas não a encontraram. Por que? Porque há mais mistérios entre a emoção e a razão do que jamais sonhou a mente dos filósofos. Por isso, os pensadores que amaram o mundo das idéias e desprezaram o mundo, da emoção perderam o encanto pela vida.

Os famosos tentaram seduzir a felicidade. Ofereceram em troca dela os aplausos, os autógrafos, o assédio da TV. Mas ela golpeou-os, dizendo: "Escondo-me no cerne das coisas simples!" rejeitando o seu recado, muitos não trabalharam bem a fama. Perderam a singeleza da vida, se angustiaram e viveram a pior solidão: sentir-se só no meio da multidão.

Os jovens gritaram: "O prazer de viver nos pertence!" Fizeram festas e promoveram shows, alguns se drogaram e outros apreciaram a vida perigosamente. Mas a felicidade chocou-os com seu discurso."Eu não me encontro no prazer imediato, nem me revelo aos que desprezam seu futuro e a consequência dos seus atos!"

Algumas pessoas creram que poderiam cultivar a felicidade em laboratório isolaram-se do mundo, baniram as pessoas complicadas de sua história e as dificuldades de sua vida. Gritaram: "Estamos livres de problemas!"
Mas a felicidade sumiu e deixou-lhes um bilhete: "Eu aprecio o cheiro de gente e cresço em meio aos transtornos da vida"

Por que muitos falharam em conquistar a felicidade? Porque quiseram o perfume das flores, mas não quiseram sujar suas mãos para cultivá-las; porque quiseram um lugar no pódio, mas desprezaram a labuta dos treinos.
Precisamos aprender a navegar nas águas da emoção se quisermos ter qualidade de vida no mundo estressante em que vivemos
.






sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A Lágrima


(Lendas Orientais)

Foi na formação do mundo, que o Grande Espírito pensava no que deveria necessitar.
A sua obra prima aqui na terra fora criada. Chamou para isso, os seus melhores auxiliares, dando a cada um, uma incumbência.

Assim, desceram eles à Terra, com todo cuidado, com todo zelo, para bem cumprirem suas tarefas. Cada um estudando o homem, procurou cerca-lo de tudo aquilo que o pudesse fazer feliz. Um, criou as montanhas com seus picos altaneiros, cortando os pinheirais que iriam mais tarde enriquecer a humanidade terrena. Outro criou os pássaros que, com seus gorjeios, iriam dissipar qualquer sentimento de tristeza que o homem possuísse.

Mais além, florestas imensas fornecendo a madeira e uma sombra tranqüila para as horas de descanso. Os Oceanos foram criados com uma variedade imensa de peixes para que nada faltasse à sua alimentação. Flores forneceriam perfumes e alegrariam a vista do homem terreno.

Estava, assim, cercado de um verdadeiro paraíso. Nada lhe faltaria e os deuses felizes retornaram ao mundo superior para a prestação dos seus serviços.

E o Grande Deus lhes perguntou:

Está tudo pronto?
E eles unânimes: - Sim, Senhor
A humanidade terrena encontrará naquele orbe, tudo para a sua felicidade.
Pensamos em tudo.

E o Grande Mestre satisfeito, tornou a perguntar:

- Tudo?
Foi quando alguém adiantou-se, o mais jovem dos deuses.
- Senhor! Os teus emissários pensaram em tudo. Cercaram a tua obra-prima das maravilhas da natureza, mas esqueceram que o homem talvez olvide a sua origem divina e se deixe dominar pelos sentimentos que o levarão ao mar de sofrimentos.
- E o que queres tu oferecer ao homem?

E ele humildemente respondeu:

-Senhor ! Deixa-me ir ao encontro, nos momentos de tristeza!
Eu levarei a lágrima que, por certo, será para os homens, uma válvula de salvação e ensinarei que a vida não é só constituída de alegrias. Que é, principalmente, nos momentos difíceis que encetamos, o verdadeiro caminho da felicidade.

A felicidade é constituída de pequeninos nadas, mas que, em conjunto, darão a prova de que os seus sentimentos, seguem aquilo que nos ensinaste.
E assim, o pequenino deus voltou à Terra e ensinou aos homens a chorar e a bendizer os caminhos tortuosos, porque é por eles , que saberemos dar valor aquelas estradas retas, repletas de paz, de amor e de harmonia que nos esperam ao cerrarmos os olhos terrenos e ingressarmos no mundo espiritual, com a felicidade daqueles que aprenderam a crer e a realizar o bem e o amor aos seus semelhantes.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Feliz aniversário amor


Espelho, espelho meu...Existe um filho mais lindo que o meu?


Existe sim...O da coruja rsrsr

Meu amor Feliz Aniversário, que Deus te conserve com a tua fé, com a tua força, com a tua bondade, com a esperança que acalanta os corações.

Nós te amamos, sabes o quanto?

Até a lua, indo e vindo.








I don´t want to miss a thing - Tradução







Definições...






Definições... SAUDADE:
é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
LEMBRANÇA:
é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
ANGÚSTIA:
é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
PREOCUPAÇÃO:
é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
INDECISÃO:
é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha que devia querer outra coisa.
CERTEZA:
é quando a idéia cansa de procurar e para.
INTUIÇÃO:
é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
PRESSENTIMENTO:
é quando passa em você o trailler de um filme que pode ser que nem exista.
VERGONHA:
é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
ANSIEDADE:
é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
INTERESSE:
é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
SENTIMENTO:
é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
RAIVA: é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. TRISTEZA:
é uma mão gigante que aperta seu coração.
FELICIDADE:
é um agora que não tem pressa nenhuma.
AMIZADE:
é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
CULPA:
é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas geralmente, não podia.
LUCIDEZ:
é um acesso de loucura ao contrário.
RAZÃO:
é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
VONTADE:
é um desejo que cisma que você é a casa dele.
PAIXÃO:
é quando apesar da palavra "perigo" o desejo chega e entra.
AMOR:
é quando a paixão não tem outro compromisso marcado... Não. Amor é um exagero... Também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tem explicação, esse negócio de amor... não sei explicar!


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Derramando Pétalas

Texto: Cora Maria

Dirijam vossas vidas, seja nas tristezas, seja nas alegrias, sempre derramando pétalas, assim como as flores.


As flores, seja dia, seja noite, haja chuva,

 haja sol, enviam
para o ar que respiramos todo
 o perfume que contém...

Lembrando as pessoas que a vida perfumada segue mais além.
Espalhemos nossas essências de amor, perfumando a vida daqueles que nem sequer sabem admirar uma flor...

...Ou nunca pararam para apreciar beleza gratuita
 feita pelo nosso Pai com amor,
 para que as pessoas se inspirassem
 na simplicidade e beleza de uma simples flor.

Se colhida e dedicada a alguém significa amor.
 Sejamos apenas simplesmente uma flor,
 atuemos em estado de graça,
 Espalhemos beleza onde existe tristeza...

...colhamos as dores alheias e nos transformemos
 em buquê de flores,para oferecermos
 o nosso amor a todos,
 com a mesma graça beleza e cor.



O exemplo da flor bastará para uma
 transformação de muito amor.



Não importa, jasmim, rosa, cravo,
 não importa a flor,o importante é que espalhemos
as pétalas de nosso amor.




Sejamos Flor!!!
Sejamos Amor!!!


OFEREÇO UMA ROSA

A quem me deu perfume,
A quem me deu sentido,
A quem só me fez bem
Aqueles que sorriram comigo,
Aqueles que comigo partilharam lágrimas,
Aqueles que souberam de minha existência
Aos nobres do sentir,
Aos ricos do viver
Aos imperadores do amor.
Aqueles que simplesmente foram amigos,
Que ternamente fizeram do silêncio sair sons,
Que cantaram comigo,
Que me olharam, e me sentiram.
Aqueles realmente interessante que marcaram em minha vida...
Uma flor para você...