Therezinha Coelho
Jamais imaginei um dia sentir tanta saudades de mim mesma, mas acontece...
Sinto imensa saudades de quem um dia fui, não das situações nem dos lugares mas de mim mesma; do meu "eu" interior.
Alguém a quem olho no espelho e vejo como uma completa desconhecida, no brilho dos olhos nas expressões de um semblante um pouco melancólico. Me faz lembrar que outrora já tenha sido tão altiva e irradiava muita luz por onde passava. Emanava um calor próprio que conseguia aquecer o coração das pessoas que de mim se acercavam. Sempre me foi impossível passar desapercebida.
Mas hoje ao me espreitar por dentro deparei com um grande vazio, estava tão escondida que pensei não haver mais ninguém lá dentro, só com grande esforço encontrei um ser pequenino todo retraído e escondendo-se com medo de tudo e de todos. Era eu; que cena tão triste...
Quando deixamos que os outros percebam o quanto nos podem acuar e dominar, mais eles se apressam em aumentar seu poder de domínio sobre nós e quando menos esperamos estamos tão encolhidos que quase nem podemos perceber mais a si próprios.
Autênticos hamsters engaiolados no medo, presos no silêncio da própria alma, fugidio da vida. A consciência aponta insistentemente a necessidade de providencias a serem tomadas de maneira e se reverter esta crítica e insustentável situação, mas o domínio do medo dificulta a qualquer passo.
A reconquista da auto confiança e o reconhecimento da identidade pessoal é a chave da liberdade.Basta apenas criar coragem para alcançar a porta, a saída do esconderijo.
Aprender a dizer não às situações em que nos sentimos constrangidos, aprender a reivindicar tudo que nos é um direito e finalmente aprender a impor o respeito que nos é devido tanto por si como pelos que nos cercam.
E então voltar a gostar da imagem reflectida no espelho, não apenas a que pode ser vista pelos olhos mas aquela que podemos muito alem deles, o lado de dentro.
A imagem do "eu" que resplandece e transpões a tudo pela sua luz e brilho, pela sua coragem e determinação.
A solução é conhecida mas o resultado ainda precisa ser alcançado. E a coragem ainda precisa ser encontrada.
Ainda estou na estaca "0".
Mas uma coisa é certa ainda quero me encontrar de novo, não quero simplesmente me perder naquilo em que me transformei, porque assim não sou feliz e isso é facto.
Jamais imaginei um dia sentir tanta saudades de mim mesma, mas acontece...
Sinto imensa saudades de quem um dia fui, não das situações nem dos lugares mas de mim mesma; do meu "eu" interior.
Alguém a quem olho no espelho e vejo como uma completa desconhecida, no brilho dos olhos nas expressões de um semblante um pouco melancólico. Me faz lembrar que outrora já tenha sido tão altiva e irradiava muita luz por onde passava. Emanava um calor próprio que conseguia aquecer o coração das pessoas que de mim se acercavam. Sempre me foi impossível passar desapercebida.
Mas hoje ao me espreitar por dentro deparei com um grande vazio, estava tão escondida que pensei não haver mais ninguém lá dentro, só com grande esforço encontrei um ser pequenino todo retraído e escondendo-se com medo de tudo e de todos. Era eu; que cena tão triste...
Quando deixamos que os outros percebam o quanto nos podem acuar e dominar, mais eles se apressam em aumentar seu poder de domínio sobre nós e quando menos esperamos estamos tão encolhidos que quase nem podemos perceber mais a si próprios.
Autênticos hamsters engaiolados no medo, presos no silêncio da própria alma, fugidio da vida. A consciência aponta insistentemente a necessidade de providencias a serem tomadas de maneira e se reverter esta crítica e insustentável situação, mas o domínio do medo dificulta a qualquer passo.
A reconquista da auto confiança e o reconhecimento da identidade pessoal é a chave da liberdade.Basta apenas criar coragem para alcançar a porta, a saída do esconderijo.
Aprender a dizer não às situações em que nos sentimos constrangidos, aprender a reivindicar tudo que nos é um direito e finalmente aprender a impor o respeito que nos é devido tanto por si como pelos que nos cercam.
E então voltar a gostar da imagem reflectida no espelho, não apenas a que pode ser vista pelos olhos mas aquela que podemos muito alem deles, o lado de dentro.
A imagem do "eu" que resplandece e transpões a tudo pela sua luz e brilho, pela sua coragem e determinação.
A solução é conhecida mas o resultado ainda precisa ser alcançado. E a coragem ainda precisa ser encontrada.
Ainda estou na estaca "0".
Mas uma coisa é certa ainda quero me encontrar de novo, não quero simplesmente me perder naquilo em que me transformei, porque assim não sou feliz e isso é facto.
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