sábado, 27 de dezembro de 2008

Nunca pare de lutar


Feliz Ano Novo


JESUS,
Faz nascer novamente
No coração de cada um de nós...



A INOCÊNCIA
Para sabermos ser transparentes,



O CARINHO
Para cativarmos novos amigos,



A CONFIANÇA MÚTUA
Para consolidarmos os pactos em construção,



A GRATIDÃO
Para valorizarmos a vida em plenitude,



O PERDÃO
Para nos reconciliarmos no amor,



A COMPREENSÃO
Para sabermos perdoar 70 X 7 vezes,



A SIMPATIA
Para atrairmos só energias positivas,



O ENCANTAMENTO
Para nos apaixonarmos pela busca da felicidade,



A SABEDORIA
Para respeitarmos os pontos de vista do outro,



A VERDADE
Para encontrarmos os caminhos corretos,



A SOLIDARIEDADE
Para aprendermos juntos a construir caminhos,



A FÉ
Para acreditarmos também no outro



A ESPERANÇA
Para preservarmos na direção do transcendente,



A PAZ
Para ajudarmos a construir sempre,



A CORAGEM
Para sabermos retomar nossos sonhos,



A DETERMINAÇÃO
Para promovermos a justiça,



A VONTADE DE AMAR
Para sermos juntos... felizes!





quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal






Natal Virtual




(Silvia Giovatto )

Imagine um Natal entre amigos
Amigos que você ama,
mas que nunca viu...
Imagine um Natal virtual!
Uma telinha rolando,
nomes e nomes passando
te desejando uma noite de amor e paz
Imagine, só Imagine!
Um rosto sorrindo
Um coração pulsando
mãos querendo se apertar
Imagine tudo isso
do lado de lá
do seu computador
e você do lado de cá
querendo romper a tela
para seu amigo abraçar..
Que pena, não dá!
Mas dá pra eu digitar
com os olhos marejados de lágrimas


Meu grande Amigo Virtual!!!

domingo, 21 de dezembro de 2008

O cego e o publicitário





Havia um cego sentado numa calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira escrito com giz branco:
“Por favor, ajude-me, sou cego”
Um publicitário, da área de criação; que passava em frente a ele parou e viu umas poucas moedas no boné.
Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio.
Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora.
Ao cair da tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola.
Seu boné, agora, estava cheio de notas e moedas.
O cego reconheceu as pisadas do publicitário e lhe perguntou se havia sido ele quem reescrevera o cartaz, sobretudo querendo saber o que ele havia escrito.
O publicitário respondeu: “Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras”.
E, sorrindo, continuou o seu caminho.
O cego nunca soube o que estava escrito, mas seu novo cartaz dizia:



“Hoje é primavera em Paris, e eu ... não posso vê-la”
Sempre é bom Mudarmos de estratégia quando Nada nos acontece.
Tenha um Excelente...dia ....
Deixe ...DEUS...estar no Controle de SUA....VIDA ?
Carlos Augusto
Cascavel-PR-BR

sábado, 20 de dezembro de 2008

O que foi que o mendigo disse?




Estava triste, desmotivado.

Sua mulher havia deixado de amá-lo.

Levantou da cama e vestiu-se naquela manhã de domingo.

Sem nada para fazer, saiu de casa e andou sem rumo.

Até aquele dia, nunca tinha reparado como era penoso viver sem amor.

Depois de andar durante horas, sentou-se à sombra de uma árvore frondosa no banco de uma praça, de cabeça baixa.

Ao seu lado, sentou-se um homem que, pelo seu aspecto, pareceu-lhe um mendigo.

Quase se levantou para seguir o seu caminho, mas o sorriso do homem o reteve.

Aos poucos, se estabeleceu um diálogo e uma animada conversa que se estendeu por horas.

Finalmente, o marido se levantou do banco, deixando dinheiro na mão do mendigo.

Sua postura já estava diferente.

Agora, com passo enérgico, voltou para casa, tomou banho, fez a barba e se vestiu com todo cuidado.

Saiu sem dar explicações e sua mulher, que já não o amava, se mostrou levemente curiosa com a sua nova atitude.

Voltou à noite, bem tarde.

No dia seguinte, cumprimentou gentilmente sua mulher e foi trabalhar.

Na volta, vestiu um short, calçou tênis e fez uma longa caminhada noturna.

Dormiu com excelente disposição.

O dia seguinte foi igual, talvez melhor.

Sua mulher, que não o amava, e seus filhos se surpreenderam.

Parecia ter perdido a tristeza.

Ganhara uma força e uma elegância que a família nunca antes tinha notado.

Continuou a ser gentil com a mulher mas nunca mais lhe pediu desculpas ou explicações, nem exigiu que fizesse amor com ele.

Passaram-se semanas.

A atitude do marido continuava firme e a disposição otimista instalou-se de vez.

A mulher sentia-se cada vez mais intrigada com a mudança miraculosa do marido e teve mais simpatia por suas novas atitudes, sábias e moderadas.

Embora ela persistisse em não amá-lo, ele melhorava seu desempenho como pessoa e como pai.

Agora, os amigos o procuravam.

Era evidente que tinha se transformado num homem sábio.

Quanto a mim, sou um sujeito profundamente curioso, talvez por ser escritor e fui à mesma praça onde estivera o marido a fim de procurar o mendigo.

Pude reconhecê-lo imediatamente.

Sem vacilar, sentei-me a seu lado.

Apresentei-me e perguntei o que ele tinha dito para o marido.

Sorrindo, o mendigo me respondeu:

“Ah, lembro... Não dei grande conselho.

Disse-lhe apenas que, com minha experiência de mendigo, aprendi que nunca se deve pedir dinheiro e, pelas mesmas razões, jamais se deve suplicar amor.Essas são duas coisas que sempre nos negam quando as pedimos”.

E sorrindo, acrescentou:

“O dinheiro, a gente ganha; o amor se conquista”.

Não me pediu nada.

Mesmo assim, agradecido, dei-lhe R$ 100,00.

Alberto Goldin


Um Desejo de Natal





Iraima Bagni

Papai Noel neste Natal eu desejo que a "Paz e a Harmonia" encontre moradia em todos os corações.

Que a Esperança seja um sentimento constante em cada ser que habita este planeta.

Desejo que o Amor e a Amizade prevaleça acima de todas as coisas materiais.

Que as Tristezas ou Mágoas, sejam banidas dos corações,
dando lugar apenas ao Carinho.

Que a "Dor do Amor", encontre o remédio em outro Amor.

Que a "Dor Física", seja amenizada e que Deus esteja ao lado de todos, dando muita força, fé e resignação.

Que a Solidão seja Extinta, e no seu lugar se instale
a Amizade Verdadeira, e o Companheirismo.

Que as pessoas procurem olhar mais a sua "Volta", e não tanto para "Si" mesma.

Que a Humildade e o Respeito residam na Alma e no Coração de todos. "Que saibamos Amar e Respeitar o Próximo como a nós mesmos".

Desejo também que meu pedido se realize não só neste Natal,
mas em todos os dias de nossas vidas!


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O VERDADEIRO GRANDE HOMEM



Texto de Max Gehringer

Durante minha vida de profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente. Figuras sem um Vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como Raul
Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio.
Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nos queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho.
Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho – com tinta nanquim.
Já o Raul nem dava palpite, ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase.
Deu no que deu.
O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma.
E o resto de nós passou no meio da carona do Pena – que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas
No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de “paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino”.
E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo.
Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos. E quem era o chefe do Pena? O Raul. E como é que o Raul tinha conseguido chegar aquela posição?
Ninguém na empresa sabia explicar direito. O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava
Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito. Meu último contato com o Raul foi a um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa. Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta.
E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta. O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisa que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.
Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o Vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul.
E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável:...
Ele entendia de gente
Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos. E, para me explicar melhor o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima
“Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo”.
Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas.
Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo o pintor comum, um gênio. Essa era a principal competência dele.
“Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes”.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Eu quero saber...



Oriah ( Sonhador da Montanha, Ancião Indígena)

Não me interessa o que você faz para viver, eu quero saber o que de fato você busca e se você é capaz de ousar sonhar em encontrar as aspirações do seu coração.

Não me interessa a tua idade.
Eu quero saber se você será capaz de se transformar num tolo para poder amar, viver os seus sonhos, aventurar-se de estar vivo.

Não me interessa qual o planeta que está em quadrante com a tua lua.
Eu quero saber se você tocou o centro da tua própria tristeza, e se você tem sido exposto pelas traições da vida ou se você tem se contorcido e se fechado com medo da própria dor.

Eu quero saber se você é capaz de ficar com a alegria, a minha e a sua. Se você é capaz de dançar loucamente e deixar que o êxtase te envolva até a ponta dos dedos dos pés e das mãos, e sem querer nos aconselhar a sermos mais cuidadosos, mais realistas ou nos lembrar das limitações de ser humano.

Não me interessa se a história que você está me contando é verdadeira. Eu quero saber se você é capaz de desapontar o outro para ser verdadeiro consigo mesmo. Se você é capaz de escutar a acusação de traição e não trair a sua própria alma.

Eu quero saber se você pode ser confiável e verdadeiro.
Eu quero saber se você pode ver a beleza, mesmo quando o dia não está belo, e se você pode conectar a sua vida através da presença de Deus.

Eu quero saber se você é capaz de viver com os fracassos, os teus e os meus, e mesmo assim se postar nas margens de um lago e gritar para o reflexo da lua, "SIM"!

Não me interessa onde você mora ou quanto dinheiro você ganha,
Eu quero saber se você é capaz de acordar depois da noite do luto e do desespero, exausto e machucado até a alma, e fazer aquilo que precisa ser feito.

Não me interessa o que você é, ou como você chegou aqui.
Eu quero saber se você irá postar-se no centro do fogo comigo e não fugir.

Não me interessa onde, o quê ou com quem você estudou.
Eu quero saber o que te sustenta interiormente quando tudo o mais desabou.

Eu quero saber se você é capaz de ficar bem consigo mesmo, e se você realmente é boa companhia para si mesmo nos momentos vazios.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Silêncio




Nós os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.

Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.

Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento.

"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.

Esta é a maneira correta de viver.

Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.

Observa os anciões para ver como se comportam.

Observa o homem branco para ver o que querem.

Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás.

Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.

Com vocês, brancos, é o contrário.

Vocês aprendem falando.

Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.

Em suas festas, todos tratam de falar.

No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes. E chamam isso de "resolver um problema". Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.

Precisam preencher o espaço com sons.

Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.

Vocês gostam de discutir.

Nem sequer permitem que o outro termine uma frase. Sempre interrompem.

Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.

Se começas a falar, eu não vou te interromper. Te escutarei.

Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.

Mas não vou interromper-te. Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.

Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.

Terás dito o que preciso saber.

Não há mais nada a dizer.

Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.

Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.

Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.

Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.

Existem muitas vozes além das nossas. Muitas vozes.

Só vamos escutá-las em silêncio.

"Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn

Viver com sabedoria


Tecumseh

Viva sua vida de forma que o medo da morte nunca possa entrar em seu coração.

Nunca incomode ninguém por causa de sua religião:Respeite os outros em seus pontos de vista, e exija que eles respeitem os seus.

Ame sua vida, aperfeiçoe sua vida, embeleze todas as coisas em sua vida.

Busque fazer sua vida longa e de serviços para seu povo.

Prepare uma canção fúnebre nobre para o dia quando você atravessar a grande passagem.

Sempre dê uma palavra ou sinal de saudação quando encontrar ou cruzar com um estranho em um local solitário.

Demonstre respeito a todas as pessoas, mas não se rebaixe a ninguém.

Quando você se levantar de manhã, agradeça pela luz, pela sua vida e força.

Dê graças por seu alimento e pela alegria de viver. Se você não vir nenhuma razão para dar graças, a falha se encontra em você mesmo.

Não toque o aguardente venenoso que transforma os sábios em tolos e rouba deles suas visões.

Quando chegar sua hora de morrer, não seja como aqueles cujos corações estão preenchidos de medo da morte, e que quando a hora deles chega eles choram e rezam por um pouco mais de tempo para viverem suas vidas novamente de uma forma diferente.

Cante sua canção de morte, e morra como um herói indo para casa.

Carta de seattle ao presidente dos EUA





Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios.

"Como podeis comprar ou vender o céu, a trepidez do chão? 
A idéia não tem sentido para nós.

Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.

Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família.

Assim, quando o grande chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande Chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é sagrada para nós.

A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar a nossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fases da vida do meu povo. O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e ensinar a nossas crianças que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão.

Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seus irmãos, o céu como coisas a serrem comprados ou roubados, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho.

Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal, nada possa compreender.

Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender.

O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume dos pinhos.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis vos lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que vossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o mesmo que lhes recebeu o último suspiro.

Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques.

Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento.

Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.

Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado.

Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza a as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; O homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra.

O homem não tece a teia da vida: É antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.

Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos.

Nós o veremos. De uma coisa sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo deus.

Podeis pensar hoje que somente vós o possuis, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho.

Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os brancos também passarão talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio de vossos próprios excrementos.

Mas no nosso parecer, brilhareis alto, iluminado pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes.

Onde está o matagal? Desapareceu.
Onde está a águia? Desapareceu.
O fim do viver e o início do sobreviver."

sábado, 22 de novembro de 2008

Hoje



Hoje vou apagar do meu calendário
dois dias:
Ontem e Amanhã!
Ontem foi para aprender!
Amanhã será uma conseqüência
do que posso fazer hoje.

Hoje enfrentarei a vida com a convicção
de que este dia nunca mais retornará.
Hoje é a última oportunidade que tenho de viver intensamente.
Já que ninguém me assegura que amanhã verei o amanhecer.
Hoje terei coragem para não deixar passar as oportunidades
que se apresentam, que são as minhas chances de triunfar!
Hoje aplicarei a minha riqueza mais apreciada:
O meu tempo!
Meu trabalho mais transcendental:
A minha vida!
Passarei cada minuto apaixonadamente
para transformar este dia num único e no melhor
dia da minha vida!

Hoje vencerei cada obstáculo que surgir no meu caminho
acreditando que vencerei!
Hoje resistirei ao pessimismo e conquistarei o mundo
com um sorriso com uma atitude positiva esperando sempre o melhor!

Hoje farei de cada humilde tarefa uma sublime expressão!
Hoje terei meus pés sobre a terra compreendendo a realidade!
E as estrelas cintilarão para inaugurar o meu futuro.
Hoje usarei o tempo para ser feliz!
Deixarei as minhas pegadase a
minha presença nos corações queridos!
Venha viver comigo uma nova estação
onde sonharemos que tudo o que nos propomos
pode ser possível!
E ousaremos brindar a próxima manhã
com a certeza de um dia melhor.
(sem menção do autor)


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A RAZÃO E A EMOÇÃO







Texto: Silvana Duboc

Ninguém jamais conseguiu explicar como foram criadas as almas gêmeas, mas eu me lembro bem dessa história.

Estavam lá no céu, todas as almas:umas eram somente razão, outras somente emoção...

Duas filas distintas.

Finalmente chegou a minha vez de ser colocada em uma das filas.

Olhei para ambas e me identifiquei com a da RAZÃO.

Acontece, porém, que quando avistei você na da EMOÇÃO, meus olhos brilharam e foi como se um ímã me puxasse...

Aproximei-me do Criador e lhe disse:

Eu gostaria de ficar na fila da EMOÇÃO, pode ser?
É que existe uma doce alma lá, que me encantou.

- Está bem, me falou Ele, você até poderá escolherseu lugar, mas antes quero lhe explicar algo; depois, então, você fará a sua opção.

Existem almas que são gêmeas, tudo nelas é igual.

A única diferença que eu coloquei foi a RAZÃO e a EMOÇÃO, justamente para que elas possam se completar. É como se fosse um encaixe.

Possuo uma grande percepção para distinguir as almas gêmeas e por isso entendi que aquela que se encontra ali, na fila da EMOÇÃO, é a sua (falou apontando para você). Daí querer te colocar na da RAZÃO.

Caso vocês fiquem juntas, o encanto das almas gêmeas se acabará, passo que se
ficarem separadas, ele permanecerá.

No entanto, devo lhe contar algo: as almas gêmeas nem sempre se encontram, porém vivem sempre unidas pelo coração e por elas próprias.

Por outro lado, quando se encontram, jamais se separam. Nem mesmo Eu consigo executar esse afastamento.

Entendi, naquele momento, que a RAZÃO não sobrevive sem a EMOÇÃO, e a EMOÇÃO, por sua
vez, precisa da RAZÃO para viver.

Nesse instante fiz a minha escolha:
- Prefiro a fila da RAZÃO!

Encaminhei-me para o meu lugar, me posicionei e nesse mesmo instante, você, que não tinha até então percebido a minha presença, olhou-me e sorriu!

Hoje, eu sou a RAZÃO, você a EMOÇÃO, eu te dou o chão e você me leva à Lua.

Hoje, eu entendo o que o Criador quis me dizer com:

...é como se fosse um encaixe.

Hoje, eu sou a RAZÃO correndo atrás da EMOÇÃO e você a EMOÇÃO pedindo aos céus que eu possa pertencer a mesma fila que você.


...mas o que você não sabe é que fui eu mesma quem escolheu o meu lugar, só para ser a sua alma gêmea.

...o que você não sabe é que mesmo antes de pertencer a qualquer uma das filas, eu já te amei.Quando voltarmos para o lado de lá, você há de entender tudo isso...

E se eu puder escolher uma das filas novamente, eu ainda vou querer ficar separada de você.

A única diferença é que escolherei a fila da EMOÇÃO, para sonhar como você sonhou...

...e que você fique na da RAZÃO, para entender como eu sofri!


Não sei porque fui escolher a fila da emoção rsrs. Acho esse texto belíssimo. Grande Silvana, que inspiração.



domingo, 16 de novembro de 2008

NAVEGUE


NAVEGUE.
Descubra tesouros.
Mas não os retire do fundo do mar.
O lugar deles é lá.

ADMIRE A LUA.
Sonhe com ela.
Mas não queira trazê-la para a Terra.

CURTA O SOL.
Se deixe acariciar por ele.
Mas lembre-se que seu calor é para todos.

SONHE COM AS ESTRELAS.
Apenas sonhe.
Elas só podem brilhar no céu.

NÃO TENTE DETER O VENTO.
Ele precisa correr por toda parte.
Ele tem pressa de chegar.

NÃO APRESSE A CHUVA.
Ela quer cair e molhar muitos rostos.
Não pode molhar só o seu.


AS LÁGRIMAS?
Não as seque.
Elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces.

O SORRISO?
Esse deve se segurar.
Não o deixe ir embora.
Agarre-o!

QUEM VOCÊ AMA?
Guarde dentro de um porta jóias.
Tranque, perca a chave!
Quem você ama é a maior jóia que você possui.
A mais valiosa.

NÃO IMPORTA SE A ESTAÇÃO DO ANO MUDA.
SE O SÉCULO VIRA.

CONSERVE A VONTADE DE VIVER.
Não se chega à parte alguma sem ela.

ABRA TODAS AS JANELAS QUE ENCONTRAR.
E as portas também.

PERSIGA UM SONHO.
Não deixe ele viver sozinho.
Alimente sua alma com AMOR.
Cure suas feridas com CARINHO.

DESCUBRA-SE TODOS OS DIAS.
Deixe-se levar pelas vontades.
Mas não enlouqueça por elas.

PROCURE.
Sempre procure o fim de uma história.
Seja ela qual for.

DÊ SORRISO PARA QUEM ESQUECEU-SE COMO SE FAZ ISSO.
Olhe para o lado.
Alguém precisa de você.

ABASTEÇA SEU CORAÇÃO DE FÉ.
Não a perca nunca.
Mergulhe de cabeça nos seus desejos e satisfaça-os.
Agonize de dor por um amigo.
Só saia dessa agonia se conseguir tirá-lo também.


PROCURE OS SEUS CAMINHOS.
Mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se.
Volte atrás.
Peça perdão!


NÃO SE ACOSTUME COM O QUE NÃO O FAZ FELIZ.
Revolte-se quando julgar necessário.

ALAGUE SEU CORAÇÃO DE ESPERANÇAS.
Mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar.
VOLTE!
Se perceber que precisa seguir.
SIGA!
Se estiver tudo errado.
COMECE NOVAMENTE!
Se estiver tudo certo.
CONTINUE!
Se sentir saudades.
MATE-A!
Se perder um amor.
NÃO SE PERCA!
Se achá-lo.
SEGURE-O!
“CIRCUNDA-TE DE ROSAS.
AMA.
BEBE.
E CALA.
O MAIS É NADA.”

AUTOR: FERNANDO PESSOA